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20, no i-ching



index do verbete 110 000




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Acima SUN, A SUAVIDADE, VENTO

Abaixo K’UN, O RECEPTIVO, TERRA

JULGAMENTO

CONTEMPLAÇÃO. A ablução já foi realizada,

mas ainda não a oferenda.

Confiantes, eles erguem o olhar para ele.

O ritual de sacrifício na China começava com uma ablução e uma libação, com que se invocava a divindade. Em seguida se oferecia o sacrifício. O lapso de tempo entre as duas cerimônias é o mais sagrado, o momento de suprema concentração interior. Quando a devoção é sincera, inspirada por uma fé verdadeira, sua contemplação tem um efeito transformador e inspira respeito naqueles que a presenciam. Na natureza também se observa um rigor sagrado e grave que se manifesta na regularidade com que se desenrolam todos os fenômenos. A contemplação do sentido divino subjacente à ocorrência de todos os fenômenos no universo dá, ao homem destinado a liderar os outros, meios para realizar efeitos semelhantes. Para isso é necessário a concentração interior que a contemplação religiosa desenvolve nos grandes homens, dotados de uma fé poderosa. Permite-lhes apreender as misteriosas e divinas leis da vida e, através da mais profunda concentração, chegarem a expressar essas leis em suas próprias pessoas. De sua contemplação emana um poder espiritual oculto que influencia e domina os homens, sem que eles estejam conscientes de como isso ocorre.

IMAGEM

O vento sopra sobre a terra: a imagem da CONTEMPLAÇÃO.

Assim os reis da antigüidade visitavam as regiões do mundo, contemplavam o povo e o instruíam.

Quando o vento sopra sobre a terra, alcança todos os recantos e a grama inclina-se ante seu poder. Esses dois fatos encontram confirmação nesse hexagrama. As duas imagens simbolizam a forma de agir dos reis da antigüidade. Por um lado, graças a viagens regulares, eles observavam atentamente a vida de seu povo e nenhum costume em vigor lhes passava desapercebido. Com isso, exerciam, por outro lado, a influência necessária para mudar os hábitos inconvenientes.

Tudo isso indica o poder de uma personalidade superior. Um tal homem será capaz de perceber os verdadeiros sentimentos da grande massa da humanidade e por isso não poderá ser enganado. Por outro lado, ele exercerá sua influência através da mera presença, e o impacto de sua personalidade fará com que todos sejam por ele orientados, assim como a grama pelo vento.

LINHAS

Seis na primeira posição significa:

Contemplação pueril.

Para um homem inferior, nenhuma culpa.

Para um homem superior, humilhação.

Isso significa uma contemplação a distância, sem compreensão. Há um homem influente, mas sua atuação não é compreendida pelas pessoas comuns. Isso não tem grande importância em relação às massas, pois são beneficiadas pela ação do sábio governante, mesmo sem compreendê-lo. Mas, para o homem superior, isso é uma desgraça. Ele não deve satisfazer-se com uma contemplação superficial e irrefletida das forças dominantes; deve contemplá-las em conjunto, e procurar compreendê-las.

Seis na segunda posição significa:

Contemplação através de uma brecha na porta.

Favorável à perseverança de uma mulher.

Através de uma brecha na porta se tem uma visão restrita. Olha-se de dentro para fora. A contemplação é limitada subjetivamente. Um homem relaciona tudo a si mesmo e é incapaz de se colocar no lugar do outro e compreender os motivos de sua ação. Isso é apropriado a uma boa dona-de-casa, que não precisa entender dos assuntos do mundo.27 Para um homem que tem de atuar na vida pública, este modo egoísta e limitado de ver as coisas é evidentemente nefasto.

Seis na terceira posição significa:

A contemplação de minha vida

decide entre progresso ou retrocesso.

Este é o ponto de transição. Aqui o homem já não olha mais para fora, para receber imagens limitadas e confusas, porém dirige a contemplação a si mesmo em busca de orientação para suas decisões. Essa introspecção representa a superação do egoísmo ingênuo daquele que vê a tudo de seu próprio ponto de vista. Ele começa a refletir e com isso se torna objetivo. Porém, o autoconhecimento não consiste em alguém se ocupar dos seus próprios pensamentos; é, isto sim, voltar-se para as conseqüências do que criou. É somente através dos efeitos resultantes de sua vida que uma pessoa pode julgar se o que realizou significa progresso ou retrocesso.

Seis na quarta posição significa:

Contemplação da luz do reino.

É favorável exercer influência como convidado de um rei.

Isso descreve um homem que conhece os segredos do que faz um reino florescer. Tal homem deve ser colocado numa posição de autoridade em que possa exercer influência. Ele deve ser como que um hóspede, isto é, deve ser reverenciado e deixado livre para agir com independência, e não ser usado como um instrumento.

Nove na quinta posição significa:

Contemplação de minha vida.

O homem superior está livre de culpas.

Um homem que ocupa uma posição de autoridade, para o qual os outros erguem o olhar, deve estar constantemente disposto a analisar-se. Porém, o correto modo de examinar-se não consiste numa passiva meditação sobre si mesmo e sim na análise dos efeitos que se produziram. Somente quando esses efeitos são benéficos e quando se tem uma boa influência sobre os outros é que a contemplação da própria vida trará ao homem a satisfação de se saber livre de erros.

Nove na sexta posição significa:

Contemplação da sua vida.

O homem superior está livre de culpas.

Enquanto a linha anterior representa um homem que se contempla a si mesmo, aqui, na posição mais elevada, está excluído tudo o que é pessoal e relacionado ao ego. Assim se tem a imagem de um sábio afastado dos assuntos do mundo. Liberto de seu ego, ele contempla as leis da vida, e reconhece que saber se manter livre de culpas é o supremo bem.

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Kwân shows (how he whom it represents should be like) the worshipper who has washed his hands, but not (yet) presented his offerings;--with sincerity

p. 100

and an appearance of dignity (commanding reverent regard).

1. The first SIX, divided, shows the looking of a lad;--not blamable in men of inferior rank, but matter for regret in superior men.

2. The second SIX, divided, shows one peeping out from a door. It would be advantageous if it were (merely) the firm correctness of a female.

3. The third SIX, divided, shows one looking at (the course of) his own life, to advance or recede (accordingly).

4. The fourth SIX, divided, shows one contemplating the glory of the kingdom. It will be advantageous for him, being such as he is, (to seek) to be a guest of the king.

5. The fifth NINE, undivided, shows its subject contemplating his own life(-course). A superior man, he will (thus) fall into no error.

6. The sixth NINE, undivided, shows its subject contemplating his character to see if it be indeed that of a superior man. He will not fall into error.

p. 101

Footnotes

100:XX The Chinese character Kwân, from which this hexagram is named, is used in it in two senses. In the Thwan, the first paragraph of the treatise on the Thwan, and the paragraph on the Great Symbolism, it denotes showing, manifesting; in all other places it denotes contemplating, looking at. The subject of the hexagram is the sovereign and his subjects, how he manifests himself to them, and how they contemplate him. The two upper, undivided, lines belong to the sovereign; the four weak lines below them are his subjects,--ministers and others who look up at him. Kwân is the hexagram of the eighth month.

In the Thwan king Wăn symbolises the sovereign by a worshipper when he is most solemn in his religious service, at the commencement of it, full of sincerity and with a dignified carriage.

Line 1 is weak, and in the lowest place, improper also for it;--p. 101the symbol of a thoughtless lad, who cannot see far, and takes only superficial views.

Line 2 is also weak, but in its proper place, showing a woman, living retired, and only able to peep as from her door at the subject of the fifth line. But ignorance and retirement are proper in a woman.

Line 3, at the top of the lower trigram Khwăn, and weak, must belong to a subject of the utmost docility, and will wish to act only according to the exigency of time and circumstances.

Line 4, in the place proper to its weakness, is yet in immediate proximity to 5, representing the sovereign. Its subject is moved accordingly, and stirred to ambition.

Line 5 is strong, and in the place of the ruler. He is a superior man, but this does not relieve him from the duty of self-contemplation or examination.

There is a slight difference in the 6th paragraph from the 5th, which can hardly be expressed in a translation. By making a change in the punctuation, however, the different significance may be brought out. Line 6 is strong, and should be considered out of the work of the hexagram, but its subject is still possessed by the spirit of its idea, and is led to self-examination.

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Uma pequena variação de acento dá ao nome chinês desse hexagrama um duplo significado. Por um lado representa a contemplação, por outro o fato de ser contemplado, de ser um exemplo, um modelo. Essas idéias são sugeridas pelo fato de o hexagrama poder ser relacionado com a forma de um tipo de torre , muito freqüente na China antiga. Do alto dessas torres tinha-se uma ampla visão dos arredores e, por outro lado, quando situada no cume de uma montanha, a torre era vista de longe. Assim, o hexagrama mostra um dirigente que contempla, ao alto, a lei dos céus, e em baixo, os costumes do povo. Graças a seu bom governo, ele se torna um elevado exemplo e modelo para o povo. Este hexagrama está relacionado com o oitavo mês (setembro-outubro) 26. A força luminosa se retira e a escuridão está novamente em ascensão. Entretanto, esse aspecto não é relevante para a interpretação do hexagrama como um todo.
ENCYCLOPAEDIA V. 51-0 (11/04/2016, 10h24m.), com 2567 verbetes e 2173 imagens.
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